sexta-feira, 29 de junho de 2012

EQUÍVOCOS - Quando uma coisa parece uma coisa, mas é outra...

É com uma imensa satisfação que quero aproveitar essa sexta feira para fazer um convite especial para todos que tem nos prestigiado acompanhando as postagens e atualizações que estão aqui no blog.

Na semana em que completamos 100.000 visualizações únicas quero convidá-los para a peça "EQUÍVOCOS -  Quando uma coisa parece uma coisa, mas é outra..." que acontecerá em duas apresentações, dias 3 e 4 de julho as 21:00h no Teatro Lala Schneider.

É um momento muito especial por se tratar da minha 1º vez no palco ( e espero que seja a primeira de muitas ainda), os ensaios estão a todo vapor, estamos todos muito ansiosos e empolgados ao mesmo tempo com o espetáculo, e gostaríamos muito de contar com sua presença. Eu e toda a Turma INI2 do Teatro Lala ficaremos muito agradecidos com a presença de vocês.

Mais informações no Telefone 41-3232-4499

Sinopse:

"Brincando com os pequenos equívocos da vida cotidiana, a peça retrata diversas situações inusitadas. O que aparentemente pode parecer um absurdo que beira o ridículo mostra que, na verdade, ainda somos pegos pelo problema da comunicação. Ou seria falta de comunicação? Ou seria o fato de que nem sempre falamos a mesma língua? Será que entendemos, mesmo, o que os outros falam ou fazem? Nessa peça, algumas palhaçadas mostram que quando uma coisa parece ser outra, muita coisa pode acontecer!"

Elenco:
Raphael Basso / Luciane Gonçalves / Barbara Almeida / Karen Souza / Patricia Barros / Cesar Gutto / Danielle Nunes / Luana Benedito / Rodrigo Costa / Neto Oliveira / Alessandra Bianeck / Allana Brasil / Felipe Lima / Nájila Rocha / Brian Miguel / Thays Lima / Marcelo Borba / Gabriel Nóbrega / Eliane Rodrigues.

Direção e Som: Galvani Jr
Iluminação: Pedro Henrique do Nascimento

terça-feira, 19 de junho de 2012

OS SALTIMBANCOS - O que achei. O que achou?


O teatro é algo realmente mágico, que volta e meia nos surpreende, especialmente quando somos levados a um mundo fora do nosso, sem deixar de nos transmitir mensagens que remetem a reflexões quanto aos temas mais atuais e controversos.

Quando isso é feito de forma lúdica, em uma montagem infantil cheia de adereços, cores e músicas (lindas músicas), a mensagem chega de maneira bem mais forte, bem mais marcante.

Foi exatamente essa a sensação que tive nesse domingo no Teatro Regina Vogue quando assisti ao espetáculo “OS SALTIMBANCOS”.  “Baseado no conto “Os Músicos de Bremen” dos Irmãos Grimm, “Os Saltimbancos” é um musical infantil de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, com versão em português de Chico Buarque. O espetáculo conta a história de quatro animais (um jumento de carga, um cão-de-guarda, uma gata “de madame” e uma galinha que já não bota mais ovos), que cansados de maus tratos e imposições feitas pelos seus patrões,  unem-se através da música e resolvem partir na busca dos sonhos de liberdade e felicidade. “
Mais do que isso, eu faço questão de destacar o belo trabalho da direção desse mestre que é Mauricyo Vogue e também o os destaques que cada um dos atores tiveram.

Cleydson Nascimento no papel do burro de carga desempenhou seu papel de maneira brilhante, pelas expressões, pelo olhar forte que imprimia especialmente quando a mensagem do seu personagem era séria, lindo trabalho muito bem executado.

Diegho Kozievitch cantando de maneira especialmente linda e Raphael Fernandes chamando muito atenção especialmente pelo trabalho corporal, dançando de maneira brilhante também enriqueceram em muito o espetáculo.

Giovana de Liz sem dúvidas foi uma das que mais fez ao publico gargalhar, com o papel da galinha que não bota mais ovos, cada vez que ela aparecia, fosse pra falar algo, para cantar ou para dançar, ela simplesmente levava a criançada (e os adultos também) da plateia a sonoras risadas, foi realmente divertido.

Kleber Gregório comandou brilhantemente o som do espetáculo em uma proposta diferente do convencional que eu particularmente achei fabulosa, comandar o som de cima do palco, como um DJ, deixou o espetáculo ainda mais rico.

Tarciso Fialho que eu já havia tido a oportunidade de assistir em Satyricon manteve o mesmo padrão de qualidade, óbvio que a proposta e o teor da peça são completamente diferentes, mas o trabalho do artista, atendendo ambas as propostas com tanto talento de fato é gratificante presenciar.

Para a minha grande amiga Taciane Vieira gostaria de dar um destaque especial, não só pelo fato de fazer brilhantemente o papel da da gata de madame com sotaque ligeiramente castelhano, figurino e maquiagem impecáveis, mas principalmente pelo trabalho musical. Dotada de uma voz linda e muita habilidade com as notas ela encantou cada vez que cantava.

Foi realmente especial pra mim ter o privilégio de assistir a esse trabalho tão lindo. A peça está em cartaz até dia 30 de junho, sempre aos sábados e domingos as 16:00h no Teatro Regina Vogue , confiram mais informações no site.

www.reginavogue.com.br

Ficha Técnica
Direção: Mauricio Vogue
Elenco: Cleydson  Nascimento, Diegho kozievitch, Giovana de Liz, Kleber Gregorio, Raphael Fernandes ,Taciane Vieira, Tarciso Fialho

segunda-feira, 18 de junho de 2012

AGITOS & BALADAS - O que achei. O que achou?


Nos dias 16 e 17/06 o palco principal do Teatro Lala apresentou mais uma obra produzida pelo NPT (Núcleo de Profissionalização Teatral) feita pela Turma Teens, sendo os alunos com média de idade nos 12 anos.

A peça “AGITOS & BALADAS” merece as devidas considerações por alguns pontos que eu quero frisar aqui. O primeiro deles é que se trata de uma obra escrita por Jader Alves com um teor político- social muito interessante, o paralelo feito entre os momentos estudantis vividos em 1984 e em 2008 mostram com clareza a abordagem ao interesse político que era muito mais latente nos anos 80 comparado aos dias atuais, além do fato que não podemos fugir de que o avanço da tecnologia deixou as pessoas muito mais próximas umas das outras mesmo quando não estão no mesmo espaço físico.

Vou ser até um pouco repetitivo nos parabéns ao Diretor Jader Alves em função da dificuldade que há em dirigir um trabalho com 32 adolescentes. No fim da apresentação ele subiu ao palco para fazer um agradecimento ao elenco por terem proporcionado o sucesso do trabalho, e também aproveitou o momento para agradecer humildemente a ajuda que recebeu das incríveis AdrianaSottomaior e Michelle Bond, para conduzir o trabalho e colocar ordem no caos. A demonstração de humildade do diretor mostra principalmente para nós estudantes de teatro o quanto é necessário esse espírito de humildade e paciência para podermos sempre fazer acontecer.

Além disso, esse trabalho ganhou ainda mais a minha admiração pelo fato do autor e diretor ter tido a coragem de trazer de maneira tão clara e corajosa o tema Homossexualidade, ainda mais pelo fato do tema ser tratado no palco por alunos de 12 anos, com a plateia composta inclusive pelos seus pais e familiares. 

Em uma das cenas em que um dos atores mirins de peito aberto pede respeito e remete a uma reflexão muito consciente quanto ao fim da homofobia e do preconceito nos encantou. Foi um trabalho que realmente exigiu muita coragem e ousadia, e por esses e tantos outros motivos que merece os parabéns.

O NPT continua a serie de espetáculos apresentados pelos alunos do Teatro Lala durante todo restante do mês de junho, julho e parte de agosto.  Dentre as peças que estarão em cartaz já inicio o convite para a peça “EQUÍVOCOS” que acontecerá nos dias 3 e 4 de Julho as 21:00 no Teatro Lala. Com direção de Galvani Jr e contará com a presença desse humilde blogueiro, dos tralhas e de toda nossa turma. Fica o convite!      :)

terça-feira, 12 de junho de 2012

2012 - A COMÉDIA DO FIM DO MUNDO - O que achei. O que Achou?


No último fim de semana tive a satisfação de assistir a reestreia de “2012 -  A COMÉDIA DO FIM DOMUNDO” . O texto é mais uma excelente criação de João Luiz Fiani, a direção de Marino Jr mostrou o quanto esse ótimo ator vem evoluindo cada vez mais no comando dos espetáculos.

Trata-se de uma comédia suave, com conteúdo atual e bem elaborado, encena a ansiedade vivida na véspera daquele que seria o fatídico dia do fim dos tempos,  e nisso se dá a trama que discute as teorias apocalípticas, calendário maia, alinhamento dos planetas e esses assuntos que rementem ao que seria o dia do fim dos tempos.

A peça começa com um ar de suspense e mistério, DeboraWelker com sua personagem consegue trazer essa sensação de duvida muito bem, é uma bela introdução para a comédia em si que só começa pra valer na peça quando entra em cena Juliana Davanso. A ela quero dar um destaque especial porque ela simplesmente dita o ritmo das gargalhadas do público simplesmente o tempo todo que está em cena, com suavidade e sem forçar nada, ela consegui divertir e muito a plateia, que passam o tempo todo esperando pra ver qual vai ser sua próxima pérola.  

Ingrid Bozza também atende bem a proposta de seu personagem, a melhor amiga desprovida de habilidades intelectuais mais apuradas é muito bem executada durante a peça.
Luiz Henrique Fernandes interpreta o “mestre” de um ideal não tão confiável  e José Castro interpretando seu ajudante tem boas intervenções no espetáculo, embora em alguns momentos não fique bem claro se eles realmente fazem a linha do “Durão” ou do “Atrapalhado”, o que também pode ter acontecido propositalmente, mostrando a instabilidade emocional do personagem e a oscilante segurança que um possível charlatão manifesta ora ou outra.

Gustavo Tavares também é um que na minha opinião merece uma consideração especial tendo em vista que cumpriu muito bem a proposta de seu personagem, divertiu e chamou a atenção do público todo tempo que esteve no palco.

O espetáculo é realmente muito bom, vale a pena conferir, está em cartaz aos fins de semana no teatro lala.

Texto: João Luiz Fiani. Direção: Marino Jr. Elenco: Luis Henrique Fernandes, José Castro, Débora Welker, Juliana Davanso, Ingrid Bozza e Gustavo Tavares. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia) Temporada: ATÉ 15/07 Temporada: –  Sextas, sábados e domingos as 21h Teatro Lala Sala 01

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ALTOS E BAIXOS - O que achei. O que achou?


Dos espetáculos que já assisti na Cia dos Palhaços, “ALTOS E BAIXOS” como a própria proposta da peça já sugere, é a mais romântica de todas. Em qualquer apresentação que a gente assista onde há uma abordagem aos dilemas do dia a dia (ainda mais quando feita por palhaços) a chance de nos divertirmos sempre é grande, e tratando-se de “ALTOS E BAIXOS” de fato isso acontece.

Alternando cenários, momentos e abordagens diferentes, Sarrafo e Tinoca ditam um ritmo agradável ao espetáculo que é capaz de entreter adultos e crianças. E para mim a suavidade e a inocência das brincadeiras são o tempero que deixam o espetáculo ainda mais divertido. Sem nenhum apelo chulo, a peça tem bons momentos do seu início ao fim.

Confiram, vale muito a pena.

Ficha Técnica 

Elenco: Felipe Ternes (Palhaço Sarrafo) e Nathalia Luiz (Palhaça Tinoca)
Texto: Nathalia Luiz e Felipe Ternes
Direção: Cia dos Palhaços
Cenário: Alfredo Gomes e Renata Skrobot
Figurinios e Adereços: Fabianna Pescara e Renata Skrobot
Criação e Operação da Iluminação: Anri Aider
Trilha Sonora: Candiê Marques e Eliezer Vander Brock
Criação da Sonoplatia: Angélica Rodrigues
Produção: Cia dos Palhaços

segunda-feira, 4 de junho de 2012

NO MUNDO DE ALÍPIO - O que achei. O que achou?



No domingo 28/05/12 assisti na Cia dos Palhaços ao espetáculo “NO MUNDO DE ALÍPIO”, trata-se de um espetáculo encenado tão somente pelo palhaço Alípio (Rafael Barreiros), em uma abordagem ora teatral, ora circense e sempre muito interativa, contou com as participações especiais das pessoas que estavam na plateia apenas.

Do começo ao fim do espetáculo utilizando as pessoas que lá estavam para executar seus números, interagindo com crianças e adultos, Alípio nesse espetáculo nos faz mergulhar de cabeça nas origens do palhaço, nas brincadeiras propositalmente inocentes que são capazes de fazer rir crianças de 1 a 100 anos sem a necessidade de qualquer linguagem pejorativa ou maliciosa.

O que mais gostei foi precisamente a capacidade dele, através de determinados atos ou brincadeiras feitas no palco, direcionar conteúdos para todas as idades. Pode até parecer saudosismo, mas quem é que não gosta das brincadeiras inocentes que nos fazem gargalhar? E quem foi que instaurou essa regra impensada de que  só nos divertimos se houver “apelação”?

Gostei muito do espetáculo, tudo muito bem executado, interatividade contagiante, tempo de peça adequado e muito divertido. Recomendo e muito.

Mais informações no www.ciadospalhacos.com.br

sexta-feira, 1 de junho de 2012

DARK ROOM - O que achei. O que achou?


Na semana passa havía anunciado, e no domingo as 21:00 na sala 2 do Teatro Lala fui assistir à última apresentação dessa temporada do espetáculo “DARK ROOM” acompanhado da Tralha Paat Barros, do Autor da peça Franklin Albuquerque e MabelSemaan.

Eu havia dito aqui que a proposta da peça era bem diferente do que consideramos convencional hoje, especialmente nos palcos de Curitiba. Num primeiro momento fica até difícil de imaginar como uma peça teatral pode ser exibida toda no escuro.

Já na entrada somos levados às poltronas com lanternas nas mãos, não havia iluminação alguma na sala do teatro, aguardamos ao início da peça escutando uma música tocada por um dos integrantes do próprio elenco. E nesse “esquenta” já começamos a ser submetidos a uma série de sensações distintas, que são proporcionadas ao longo do pouco mais de uma hora de  espetáculo.

Os sentimentos e sensações se misturam, se confundem, se completam. Ficamos com medo, com raiva, relaxados, tensos, com frio, ficamos debaixo de chuva (literalmente), com ansiedade e com alivio. Sim, passamos por tudo isso durante a peça, vale ressaltar a boa dicção dos atores, ora falando ao microfone, ora não, ora ao fundo do palco, ora falando quase nos tocando. A versatilidade e o time das mudanças de cenas deixam não nos permitem misturar uma cena na outra, mesmo na penumbra dava pra notar quando estávamos no mato, dentro de uma casa, debaixo de chuva, ou dentro de um quarto.

Eu tenho convivido no Teatro lala com as pessoas que fazem parte do Elenco, e com algumas delas inclusive já conversei. Nesses casos ficou bem mais fácil identificar a voz dessas pessoas, e a elas gostaria de dar os destaques.

Thiago Falat eu já assisti algumas peças que ele fez, e talentoso como é, em Dark Room ele mostra suas habilidades com as palavras de maneira eficiente e atendendo a proposta de seu personagem com ótima concentração e assertividade.

Falar da Loara Gonçalves também é fácil, já gostei do trabalho que ela fez em "AMADO POR ELAS" e " CHANTECLER" (as que eu assisti), aqui ela não foi diferente, boa dicção e ótima interpretação.

Stefanie Silveira me encantou porque manteve a fluência no falar e entonação adequada falando com e sem microfone.

Nariman Handar esbanjou talento, com interpretações suaves e muito bem executas, mesmo no escuro absoluto, nos fez "enxergar" com absoluta clareza cada expressão e cada reação de seus personagens. Em uma das raras cenas em que havia um mínimo de iluminação Nariman e Rafael Chinasso Segura fizeram ma cena romântica onde suas sombras se"tocavam", foi uma cena muito bem feita e muito bonita de se ver.

Rafael Chinasso Segura que também mostrou muita destreza e muita evolução na interpretação de seus personagens, levei alguns sustos inclusive quando ele cegava muito perto do rosto das pessoas na plateia e falava como um fantasma "SAIA DA MINHA CASA", assustou, mas foram momentos que enriqueceram em muito o espetáculo.


Espero que "DARK ROOM" volte aos palcos, tão logo isso aconteça estarei publicando datas e horários.

Elenco:
Tony Veiga
Espetáculo de Franklin Albuquerque