No último sábado assisti mais uma peça que faz parte do NPT
(Núcleo de Profissionalização Teatral) do Teatro Lala a turma Basico 03 sob direção
de Marcyo Luz apresentou “MORTOS SEM RUMO”, com texto do próprio Marcyo Luz inspirado
na obra de Érico Veríssimo ‘Incidente em Antares’ trata-se de uma peça com
certo clima de tensão, isso porque os mortos da cidade voltam de suas tumbas
para um “acerto de contas” com seus afetos e desafetos.
Como já havia citado, é uma experiência muito bacana
assistir as peças das turmas iniciantes e depois assistir as turmas que estão
um pouco mais adiantadas, é nítida a evolução, e é ainda mais bacana ver o
quanto as pessoas que gosta de teatro
aprimorando-se ainda mais na arte de representar.
Isso de fato aconteceu nessa peça, os atores entenderam a
proposta do espetáculo e o executaram muito bem, mas eu gostaria de dar um
destaque especial para alguns que pra mim foram brilhante.
Jorge Lader interpretando o advogado falecido Cicero Branco
foi brilhante em dar ao personagem um ar sarcástico, irônico e ao mesmo tempo,
já morto, mostrar que está arrependido pelas irregularidades e falcatruas nas
quais era envolvido enquanto vivo.
Rafael Segura enquanto Coronel Vacariano trouxe ao palco um
homem autoritário, amargo e falso moralista, e com sua interpretação conseguiu
mostrar que seu personagem era uma pessoa que se contradizia entre seus valores
e suas atitudes, foi realmente muito bem.
Amanda Pickler foi quem levou ao palco a falecida Quitéria
Campo Largo, uma mulher extremamente autoritária, religiosa, guardiã da moral e
dos bons costumes, mas que não é capaz de olhar com compaixão e piedade pra ninguém.
Sua interpretação foi realmente impressionante, ela conseguiu nos fazer sentir
raiva da sua personagem, do quanto ela é impiedosa e amarga. Ela foi brilhante
mesmo em sua interpretação.
Guilherme Ivanki era o responsável por, em alguns momentos,
quebrar a tensão da peça, seu personagem o Pudim de Cachaça era alguém tão
desgraçado da vida que suas aparições na peça eram cômicas, e causaram comoção
em quem assistia, todos torciam para que seu final não fosse tão trágico por
ele ser tão engraçado e inocente.
E eu não podia deixar de citar o espetáculo que foi a
iluminação dessa peça produzida por Jeff Franco, deixou o clima da peça tenso
quanto o ambiente de um cemitério anoite enriquecendo ainda mais a
interpretação dos atores que a executaram tão bem.
Até o mês de agosto no Teatro Lala haverão apresentações das
peças produzidas pelas turmas da escola de teatro, acesse
www.teatrolala.com.br ou ligue
41-3232-4499 e confira a programação.