domingo, 29 de julho de 2012

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES - "O Evangelho Segundo São Mateus" e "Dona Baratinha da Silva Só"

  


Boa tarde pessoal, para aqueles que estão em casa sem ter muito o que fazer para aproveitar o domingo, aí vão duas dicas do que estará acontecendo agora atarde nos palcos de Curitiba em suas últimas apresentações.

O espetáculo Infantil "DONA BARATINHA DA SILVA SÓ" está em cartaz agora as 16:00h no Teatro Fernanda Montenegro, para maiores informações sobre valores dos ingressos só acessar http://www.shoppingnovobatel.com.br/teatro_fernanda.html ou ligar no número 41- 3222-4484.

No Espaço Cênico estará em cartaz o lindo espetáculo chamado "O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS" as 19:00h, para maiores informações sobre valores de ingresso no telefone 41-3338-0450.

Eu vou assistir as duas, nos vemos por lá!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS - O que achei. O que achou?


A Operação Literatura está cada dia melhor. Já falamos aqui a respeito da peça “MINHA VONTADE DE SER BICHO”  de Edson Buenos inspirado na obra de Clarice Lispector, que realmente foi maravilhosa.

Mas nesse último fim de semana tive o privilégio de assistir “O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS”  inspirado no próprio evangelho e na obra ‘O guardador de Rebanhos” de Fernando Pessoa com texto e direção também de Edson Bueno.

Me sinto muito a vontade em falar sobre um espetáculo que, já rodou o país fazendo apresentações em inúmeros palcos e cidades diferentes e, depois de alguns anos em cartaz, volta ao palco do Espaço Cênico dentro da Operação Literatura ainda mais maduro, mas natural, e muito mais bonito de se ver.

A peça já começa de maneira inusitada, pois ao esperar o seu início, do lado de fora do teatro, nos deparamos com os atores do elenco conversando com o público que ali está aguardando o inicio do trabalho, quando de repente eles nos chamam para nos acomodarmos nas cadeiras, começam a conversar com a plateia que ali está e, simplesmente iniciam a peça durante essa conversa.

A peça toda se desenvolve nessa linha, parecendo que estamos em uma conversa entre amigos com os que estão ali no palco, de maneira fluida, suave, altamente interativa e muito sensitiva. Todos os nossos sentidos são estimulados na peça, além de visão e audição, também usamos olfato, tato e paladar durante todo o espetáculo, em um trabalho diferente, criativo e executado de maneira brilhante.

Guilherme Fernandes, Gustavo Saulle, Reginas Bastos, Janja e Tiago Luz mostraram no palco que, além de grandes atores,  eles têm uma capacidade de concentração e domínio do conteúdo do espetáculo impressionante. Quando disse que a peça parecia uma conversa, de fato foi, uma conversa entre amigos, suave, descontraída, daquelas conversas que a gente não quer que acabe, e isso era bem evidente nas reações da plateia quando anunciado o fim do espetáculo.

Vale a pena conferir, voltando a estar em cartaz anunciaremos aqui com todo prazer.

Foto: Chico Nogueira

Serviço:


O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
Adaptação do próprio Evangelho e de “O Guardador de Rebanhos”, de Fernando Pessoa, por Edson Bueno   
Direção de Edson Bueno

Sinopse:

Cinco atores que se dizem “padeiros”,ocupam uma cozinha e enquanto fazem o pão, desde a preparação do fermento, o crescimento e o ato de assar, conversam sobre o “Evangelho de São Mateus”. Ao mesmo tempo, dois deles, interpretam a mãe e o filho, extraídos poeticamente do “Oitavo Poema do Guardador de Rebanhos”, de Fernando Pessoa, onde o filho conta para sua mãe que tem um amigo fugido do céu, como o Jesus de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) que lhe conta uma nova possibilidade para uma história tão antiga, que perpétua, como a de Jesus Cristo. À medida que o pão vai sendo feito, a história é contada, não pela ação, mas pela palavra e pela reflexão sobre ela, desde a anunciação até a ressurreição, seguindo o formato poético e filosófico de São Mateus. Conexões com outras leituras da mesma história são feitas como as do filme de Píer Paolo Pasolini, a filosofia de Friedrich Nietzsche, a visão humanista de Clarice Lispector. A criatura humana é coloca num primeiro plano enquanto rituais milenares como o de fazer o pão, comer e beber o vinho são celebrados. O público, através da visão dos “padeiros” é convidado a perceber outros aspectos dessa mesma história e ao final é convidado a subir ao palco para, com os atores, montar a ceia da páscoa, tomar vinho, comer o pão feito e refletir livre e abertamente sobre o que foi dito durante o espetáculo. Algumas passagens como o “Sermão da Montanha”, as “Parábolas” e o próprio poema de “Alberto Caeiro/Fernando Pessoa, são destaques e, longe de criar ilusão, mas buscando a aproximação, os atores revezam-se nos diversos personagens que fazem parte da história que para uns é verdadeira, para outros, mítica e para outros, fé religiosa. Importante é o que se fala, mais do que uma possibilidade de verdade histórica.


Elenco:
Guilherme Fernandes
Regina Bastos
Tiago Luz
Janja
Gustavo Saulle

Cenário de Gelson Amaral
Iluminação de Beto Bruel
Figurinos de Áldice Lopes
Sonoplastia de Marco Novak

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MORTOS SEM RUMO - O que achei. O que achou?


No último sábado assisti mais uma peça que faz parte do NPT (Núcleo de Profissionalização Teatral) do Teatro Lala a turma Basico 03 sob direção de Marcyo Luz apresentou “MORTOS SEM RUMO”, com texto do próprio Marcyo Luz inspirado na obra de Érico Veríssimo ‘Incidente em Antares’ trata-se de uma peça com certo clima de tensão, isso porque os mortos da cidade voltam de suas tumbas para um “acerto de contas” com seus afetos e desafetos.

Como já havia citado, é uma experiência muito bacana assistir as peças das turmas iniciantes e depois assistir as turmas que estão um pouco mais adiantadas, é nítida a evolução, e é ainda mais bacana ver o quanto as pessoas que gosta de teatro  aprimorando-se ainda mais na arte de representar.

Isso de fato aconteceu nessa peça, os atores entenderam a proposta do espetáculo e o executaram muito bem, mas eu gostaria de dar um destaque especial para alguns que pra mim foram brilhante.

Jorge Lader interpretando o advogado falecido Cicero Branco foi brilhante em dar ao personagem um ar sarcástico, irônico e ao mesmo tempo, já morto, mostrar que está arrependido pelas irregularidades e falcatruas nas quais era envolvido enquanto vivo.

Rafael Segura enquanto Coronel Vacariano trouxe ao palco um homem autoritário, amargo e falso moralista, e com sua interpretação conseguiu mostrar que seu personagem era uma pessoa que se contradizia entre seus valores e suas atitudes, foi realmente muito bem.

Amanda Pickler foi quem levou ao palco a falecida Quitéria Campo Largo, uma mulher extremamente autoritária, religiosa, guardiã da moral e dos bons costumes, mas que não é capaz de olhar com compaixão e piedade pra ninguém. Sua interpretação foi realmente impressionante, ela conseguiu nos fazer sentir raiva da sua personagem, do quanto ela é impiedosa e amarga. Ela foi brilhante mesmo em sua interpretação.

Guilherme Ivanki era o responsável por, em alguns momentos, quebrar a tensão da peça, seu personagem o Pudim de Cachaça era alguém tão desgraçado da vida que suas aparições na peça eram cômicas, e causaram comoção em quem assistia, todos torciam para que seu final não fosse tão trágico por ele ser tão engraçado e inocente.

E eu não podia deixar de citar o espetáculo que foi a iluminação dessa peça produzida por Jeff Franco, deixou o clima da peça tenso quanto o ambiente de um cemitério anoite enriquecendo ainda mais a interpretação dos atores que a executaram tão bem.

Até o mês de agosto no Teatro Lala haverão apresentações das peças produzidas pelas turmas da escola de teatro, acesse www.teatrolala.com.br ou ligue 41-3232-4499 e confira a programação.

terça-feira, 17 de julho de 2012

MINHA VONTADE DE SER BICHO - O que achei. O que acharam?


Mergulhar no universo de alguns autores da nossa literatura é uma experiência que pode nos trazer, além de muita cultura, um nível de conhecimento mais aprofundado quanto a alguns dos nossos próprios sentimentos.

A peça que assisti no último domingo, “MINHA VONTADE DE SER BICHO” com texto de Edson Bueno, inspirado na obra de Clarice Lispector e produzida brilhantemente pelo Grupo Delírio Cia de Teatro foi uma mostra do quanto temos a aprender e experimentar dos autores da nossa literatura.

O espetáculo nos remete a momentos bem evidenciados nos textos da autora onde sentimos principalmente muita saudade. O diálogo estabelecido entre três mulheres que passam por momentos distintos de despedidas nos emociona a cada instante da peça, ao passo que uma delas se despede de um grande amigo que está a beira da morte após ter sofrido um acidente, outra se despede de seu cachorro de estimação porque vai sair do país, e outra despede-se de si mesma, por passar pelo estado terminal de um câncer.

São sensações diferentes, nenhuma menos ou mais importante que a outra, o mais interessante é ver o quanto elas nos tocam, nos emocionam, e nos fazem ficar ansiosos pelo desfecho de cada uma das histórias.

Janja, Marcia Maggi e Mariah Monteiro, interpretando essas três mulheres  do espetáculo o fazem de maneita tão tocante que por  vezes nos fazem rir e chorar junto com elas, com um olhar cheio de ternura e saudade do que está por vir, elas causam uma empatia tão grande com o público que fica difícil até de piscar durante o espetáculo. Realmente foram incríveis!

Tiago Luz e Gustavo Saulle interpretando respectivamente Rafael (o amigo que está a beira da morte) e o cão de estimação nos fazem perceber com clareza o quão importante eram na vida dessas mulheres que estão deles se despedindo. Com interpretação linda e muita verdade eles conseguiram deixar a historia ainda mais envolvente e emocionante.

Essa foi apenas a primeira peça da Operação Literatura. Nessa quinta feira tem “CAPITU”  adaptado da obra Dom Casmurro de Machado de Assis.  Durante a semana trago mais informações aqui sobre essa peça, mas já adianto, não percam! A Operação Literatura está imperdível!

Foto: Chico Nogueira

quinta-feira, 12 de julho de 2012

MINHA VONTADE DE SER BICHO - Operação Literatura


A partir de hoje, os finais de semana no Espaço Cênico estarão recheados com atrações que nos farão contemplar a arte da interpretação, nos proporcionando um mergulho nas obras de grandes autores. A operação literatura é composta por uma série de espetáculos que foram produzidos a partir das obras de Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Machado de Assis, Franz Kafka, Caio Fernando Abreu e Guimarães Rosa.

Hoje as 20:00 esta em cartaz a peça “MINHA VONTADE DE SER BICHO” baseada na romance de Clarice Lispector com direção de Edson Bueno a peça retrata a conversa de três mulheres que passam por momentos decisivos em suas vidas, e trazem isso ao público em uma mistura de sensações e sentimentos que promete causar reflexão e muita emoção. Vale a pena conferir!

Sinopse:
 Em cena três mulheres conversam sobre três momentos definitivos em suas vidas: três despedidas. Um cão amigo, um quase amante que agoniza no hospital e a si própria, tomada por uma doença terminal. Pela literatura de Clarice Lispector essas três mulheres falam sobre momentos marcantes em suas vidas, quando a máscara teve que abandonar seus rostos. Nascimento, morte, amor, medo, revelação, felicidade, alegria, Deus, carne e sangue. Viver ultrapassa todo entendimento.

Adaptação e direção – Edson Bueno
Elenco: Maryah Monteiro / Janja / Marcia Maggi / Gustavo Saulle / Tiago Luz
Cenário: Luis Antonio Sposito
Figurinos: Áldice Lopes
Iluminação: Beto Bruel
Sonoplastia: Chico Nogueira

Estará em cartaz de 12 a 15 de julho. Quinta a sábado as 20:00h e domingo as 19:00h

Mais informações no fone 41-3338-0450

terça-feira, 10 de julho de 2012

EQUÍVOCOS - O que acharam?

Diferente de todas as publicações que já coloquei aqui, fica muito complicado e até egocêntrico demais fazer um comentário a respeito de uma peça em que eu mesmo trabalhei. O que posso dizer é que foi uma experiência maravilhosa, o efeito que o palco causa na nossa vida é inexplicável, gratificante e motivador. Eu estava gripado na semana do espetáculo, mas quando subia ao palco era algo mágico, desapareciam todos os sintomas e as cenas fluíam. A adrenalina do palco é uma das melhores sensações que já tive, e espero passar por isso tudo muitas outras vezes.

Abaixo eu trouxe alguns dos comentários que recebemos sobre a peça, nas redes sociais principalmente, e gostaria de dividir com vocês.


Fazer rir: fácil e ao mesmo tempo tão difícil.
Trabalho muitas vezes não reconhecido dos nossos queridos palhaços. Não precisa ser especialista, basta ter a alma pura e livre de preconceitos e você pode ser o que e quem você quiser. E a simplicidade pode se transformar em algo hilário, misterioso e, muitas vezes, emocionante.
Quantas vezes, em uma discussão – ou em uma simples conversa – não temos a ligeira impressão de estar falando gromelô?! Sim, parece que quanto mais se fala, menos se entende neste mar de equívocos. A comunicação de hoje parece tão tecnologicamente fácil e, ao mesmo tempo, tão complexa. Qualquer coisa que alguém fale, cada um que ouvir vai entender de uma maneira, lembrarão de coisas diferentes e terão sentimentos diversos. E isso que torna tudo mais amplo e livre, por mais confuso que seja.
A dificuldade de se expressar sem dizer uma palavra. Você só possui seus sons e eu corpo. Não existem regras – com exceção de não ter medo do ridículo. 
Parabéns, INI 2! Arrancaram risadas mil da plateia sem falar quase nada! ;) (Daphne Garcez)

Parabéns a toda galerinha... Vocês mandaram super bem... Gal muito legal a idéia. Parabéns mesmo... (Rogerio Bozza)

A primeira a gente nunca esquece Rapha, e essa de vcs será inesquecível mesmo, pois foi um trabalho muito bacana, de verdade. Parabéns a toda a turma e ao Gal pela concepção. Super! (Jader Alves)


Concordo com o Jader! Realmente o trabalho de voces foi muito bom! Parabens a toda a todos. E que venham outras! (Renato Jachinoski)

"Equívocos" - maravilha de espetáculo. Parabéns Raphael, gostei muito mesmo! (José Castro)

Lindas palavras Daphne Garcez, combinam perfeitamente com o maravilhoso espetáculo com que o INI2 nos presenteou ontem! Foi realmente um arraso, até os EQUIVOCOS foram perfeitos!! rrssr Adorei mesmo estar com vcs!!! PARABÉEEEEENS INI2 E parabéns Galvani Júnior Carraro pela ousadia!!! (Kellyn Bethania)

Parabéns aos equivocados, adorei! (Loara Gonçalves )

Que honra fazer um pequena parte disso.! Foi um arraso.! Viva ao Ini2.! =D (Pedro Henrique Do Nascimento)

ameeei a peça (Heinz Pereira Bollmann)

Parabéns... vocês arrasaram!!! =D (Nah Chiapetti Cavalcanti)

 parabens garoto... a primeira sempre é a mais tensa, parabens a toda a turma, super unida, se jogaram pra valer... (Jorge Lader)

Ow minha gatona! Amei! Ri muito. Até consegui me assustar com um estourinho que deu kkkk. Vocês foram o máximo. Parabéns a você, Rapha, Rodriguetes e a todos os outros. (Ticyana Kuns)

Lindo espetáculo :) (Suelen Oliveira)



Ai vão algumas fotos para quem infelizmente não pode ver a peça, se entrar em cartaz estaremos divulgando com certeza.






















segunda-feira, 9 de julho de 2012

CUPIDO... ME DEIXA EM PAZ! O que achei. O que achou?


Faz algumas semanas que tenho assistido os trabalhos produzidos com os alunos do NPT (Núcleo de Profissionalização Teatral) do Teatro Lala, e a cada peça assistida tenho ficado ainda mais encantado com o trabalho de algumas pessoas.

Como em qualquer lugar do mundo existem pessoas que se destacam mais que outras, por se entregarem mais, por terem mais facilidades e até mesmo mais talento em alguns casos, e é sempre um aprendizado acompanhar a evolução do trabalho feito, ainda mais de um trabalho que eu particularmente gosto tanto, o trabalho no palco.

A peça que assisti esse fim de semana, “CUPIDO... ME DEIXA EM PAZ!” com Direção da Sônia Bacila, é um trabalho feito pela turma que está no Básico (segundo ano da escola de teatro) e com isso, a maioria deles já está com uma boa bagagem de peças feitas, embora o aprendizado no palco seja eterno.

A peça traz ao palco uma história bem gostosa de assistir, em um congresso de Cupídos que debatem o que tem acontecido ultimamente com o sentimento das pessoas, a perca de valores, e eles vão a uma missão na terra na tentativa de ajudar as pessoas a amar, não só os “flexando”, mas influenciando diretamente nessas soluções.

Entre os meninos do elenco posso destacar que falar de Gabriel Comicholi e David Moura é muito fácil, o Cupido atrapalhado e o Mensageiro respectivamente fizeram todos rirem muito, dando um show de interpretação e  espontaneidade.

Gabriel Merling merece um destaque todo especial por ter demonstrado muita versatilidade no palco, interpretando 3 papéis desafiantes ele conseguiu executar isso tudo muito bem, fosse no menindo que assume sua homossexualidade, no playboy safado com duas namoradas ou no ogro conversando com os amigos numa mesa de bar, ele realmente foi muito bem.

Eduardo RobazzaFabiano MartiniVitor Lima e Elton JohnAmaro também executaram seus papeis muito bem, sem erros eles conseguiram transmitir a mensagem de seus personagens com entrega, alegria e muita verdade, fazendo a plateia rir e se emocionar.

Entre as meninas do elenco também tivemos participações destacadas e feitas de maneira brilhante.
Michelle MalcMariana CorrêaKaren GiraldiIsadora ForeckGabriella DinniesIsabela CasagrandeClaudia Lima foram muito felizes na execução de seus papéis, foram graciosas, e conseguiram prender a atenção enquanto estavam em cena sem precisar de apelos e sem perder leveza e naturalidade em suas interpretações.

Giordana Chemin de quem eu já havia falado quando assisti Chanteckler, mais uma vez foi sensacional, fazendo o papel de um cupido pavio curto mas que queria resolver o problema de quem precisava de sua ajuda, fez a plateia rir muito e mereceu todo retorno que teve.

Elizabeth Santos Colazzo enquanto Cupido Chefe, foi sóbria em sua interpretação,   mostrando um ar de superioridade e maturidade de um ancião, que tinha uma grande responsabilidade de monitorar o trabalho dos atentados cupidos.

Carolina Alves levou ao palco de maneira muito bem feita uma perua, uma mulher rica, com preocupações fúteis, que encenava uma discussão com o marido sobre a escolha do nome do seu cachorrinho de estimação. Foi brilhante, levar ao palco alguém tão diferente do que a pessoa é,de fato, é um desafio enorme. E fazer isso com tanta naturalidade e fluidez coroou seu trabalho, especialmente pelo que se ouvia na plateia ao fim da cena em que se mostra o sentido da discussão do casal, foi inesperado, divertido e muito bem feito.


Jenny Maniezzo também levou ao palco uma menina solitária, que se considera encalhada, mas que tráz consigo valores e comportamentos lindos, ao mesmo tempo que tem suas inseguranças e aflições. A história da sua personagem termina lindamente, e foi feita de maneira brilhante  pois,  divertiu e emocionou muito a todos que estavam na platéia. Eu já havia assistido algumas peças e filmes onde sua protagonista era uma menina (ou uma mulher) frágil e insegura, e considero que o a atuação da Jenny nessa peça pode mostrar com muita  precisão e leveza toda essa mistura de sensações e sentimentos que as mulheres vivem, e nem sempre assumem. É muito justo reconhecer o trabalho quando é bem feito, e eu realmente adorei!

As apresentações foram somente nesse último fim de semana, mas havendo novas apresentações estarei comunicando aqui com certeza.

Acesse a programação completa do teatro Lala em www.teatrolala.com.br









terça-feira, 3 de julho de 2012

FLORES E LIXOS - O que achei. O que achou?


No último fim de semana tive o privilégio de assistir a estreiade “FLORES E LIXOS” no teatro Lala Schneider. É um desafio interessante falarde um trabalho como esse, mas vou tentar fazer isso de maneira simples e espero mostrar o que realmente sentidesse trabalho.

A peça conta a historia de uma escritora, que em suasanotações, viaja em lembranças, criações, divagações, loucuras e sensatezes.Nos faz pensar em nós, nas nossas escolhas, nossas flores, nos nossos lixos,nossos amores e nossas loucuras, e isso é o que mais encanta no espetáculo.

Começando pela autora, diretora e parte integrante doelenco, a incrível Ana Paula Prestes com suas linhas nos inseriu num contextoque provocou reflexões. Não foram raras as vezes que eu sentia o texto dirigidopra mim, e conversando com quem assistiu a peça, foi essa a mesma sensação damaioria dos que lá estavam. O texto é lindo, tocante, envolvente e nos fazresgatar lembranças antigas e recentes, se misturando dentro de nós durantecada ato. E em seu papel, a Ana também foi singela, entregue e muito intensa.

Mayara Bonde é quem interpreta a dona dos pensamentosencenados, a escritora que nos permite mergulhar em suas memórias e criações, eretratou isso muito bem, com o jeitinho de sentar na cadeira no canto do palco,olhar pra cima em diagonal, divagando, refletindo e nos fazendo viajar juntocom ela.
Gustavo Tavares e Andie Santos protagonizam uma das cenasque mais mexeram comigo, que mais me fizeram lembrar, de amores mal resolvidos,e a fizeram brilhantemente, foi uma cena que colheu lagrimas de bastante genteda plateia.

Lucas Ribas e Thiago Amaral também fizeram uma das cenasmais interessantes do espetáculo, trazer ao palco o homossexualidade é sempre tema de discussão, porque mesmo existindo muitos movimentos e informaçõescontra a homofobia, mesmo assim vivemos em uma cidade que guarda certos falsos moralismos.Mas eles trouxeram o assunto de maneira sutil, leve e artisticamente falandomuito bonito de se ver.

Lucas Cardoso e Érica Fedato também nos fizeram mergulharem emoções que se confundem com tensão, desespero, angustia, amor, emotividade,carência e mais outros tantos que nos deixam com um aperto no coração, foram incríveis.

De Thiago Falat e Loara Gonçalves quero dar certa ênfaseporque eles foram simplesmente brilhantes. No caso do Thiago, com uma expressãocorporal impecável e um jogo de luz que o deixou misteriosamente intrigante emsua cena nos prendeu a atenção de uma maneira ímpar. A Loara ora nos fez rir,ora nos deixou tensos, ora nos assustou, ora nos fez refletir, loucura né?Exatamente isso, ela foi brilhante em nos mostrar que o que nos causa loucuraspode ser também o que nos faz feliz, ou profundamente deprimidos, uma cenamuito difícil de ser executada, mas aconteceu de maneira incrível. Era nítidopra quem olhava para a Loara enxergar sua entrega, concentração e doação a essepersonagem insanamente confuso.

A peça é incrível, recomendo e muito!

Sinopse:
“Personagens de uma jovem escritora procuram respostas emseus próprios devaneios e em suas relações com o outro e com o mundo. Falamsobre loucura, solidão, medo, abandono, repressão e paixão. Mostram suas‘feiuras’ e suas ‘belezas’ mais íntimas, deixando claro que todas as pessoas –em determinado momento da vida – sentem amor, raiva, receios e dúvidas. Elesquestionam suas manias e escancaram o que são: seres humanos frágeis em buscade si mesmos.”

Serviço: Texto e direção: Ana Paula Prestes. Elenco: AnaPaula Prestes, Andie Santos, Erica Fedato, Gustavo Tavares, Loara Gonçalves,Lucas Cardoso, Lucas Ribas, Mayara Bonde Thiago Amaral e Thiago Falat. Duração:75 minutos

Gênero: Drama.

Temporada: Sábados e domingos às 18h30, até 15 de julho.Teatro Lala Sala 02. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Acesse www.teatrolala.com.br