sexta-feira, 1 de junho de 2012

DARK ROOM - O que achei. O que achou?


Na semana passa havía anunciado, e no domingo as 21:00 na sala 2 do Teatro Lala fui assistir à última apresentação dessa temporada do espetáculo “DARK ROOM” acompanhado da Tralha Paat Barros, do Autor da peça Franklin Albuquerque e MabelSemaan.

Eu havia dito aqui que a proposta da peça era bem diferente do que consideramos convencional hoje, especialmente nos palcos de Curitiba. Num primeiro momento fica até difícil de imaginar como uma peça teatral pode ser exibida toda no escuro.

Já na entrada somos levados às poltronas com lanternas nas mãos, não havia iluminação alguma na sala do teatro, aguardamos ao início da peça escutando uma música tocada por um dos integrantes do próprio elenco. E nesse “esquenta” já começamos a ser submetidos a uma série de sensações distintas, que são proporcionadas ao longo do pouco mais de uma hora de  espetáculo.

Os sentimentos e sensações se misturam, se confundem, se completam. Ficamos com medo, com raiva, relaxados, tensos, com frio, ficamos debaixo de chuva (literalmente), com ansiedade e com alivio. Sim, passamos por tudo isso durante a peça, vale ressaltar a boa dicção dos atores, ora falando ao microfone, ora não, ora ao fundo do palco, ora falando quase nos tocando. A versatilidade e o time das mudanças de cenas deixam não nos permitem misturar uma cena na outra, mesmo na penumbra dava pra notar quando estávamos no mato, dentro de uma casa, debaixo de chuva, ou dentro de um quarto.

Eu tenho convivido no Teatro lala com as pessoas que fazem parte do Elenco, e com algumas delas inclusive já conversei. Nesses casos ficou bem mais fácil identificar a voz dessas pessoas, e a elas gostaria de dar os destaques.

Thiago Falat eu já assisti algumas peças que ele fez, e talentoso como é, em Dark Room ele mostra suas habilidades com as palavras de maneira eficiente e atendendo a proposta de seu personagem com ótima concentração e assertividade.

Falar da Loara Gonçalves também é fácil, já gostei do trabalho que ela fez em "AMADO POR ELAS" e " CHANTECLER" (as que eu assisti), aqui ela não foi diferente, boa dicção e ótima interpretação.

Stefanie Silveira me encantou porque manteve a fluência no falar e entonação adequada falando com e sem microfone.

Nariman Handar esbanjou talento, com interpretações suaves e muito bem executas, mesmo no escuro absoluto, nos fez "enxergar" com absoluta clareza cada expressão e cada reação de seus personagens. Em uma das raras cenas em que havia um mínimo de iluminação Nariman e Rafael Chinasso Segura fizeram ma cena romântica onde suas sombras se"tocavam", foi uma cena muito bem feita e muito bonita de se ver.

Rafael Chinasso Segura que também mostrou muita destreza e muita evolução na interpretação de seus personagens, levei alguns sustos inclusive quando ele cegava muito perto do rosto das pessoas na plateia e falava como um fantasma "SAIA DA MINHA CASA", assustou, mas foram momentos que enriqueceram em muito o espetáculo.


Espero que "DARK ROOM" volte aos palcos, tão logo isso aconteça estarei publicando datas e horários.

Elenco:
Tony Veiga
Espetáculo de Franklin Albuquerque

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